domingo, janeiro 11

Saudade [2]*

*: post feito também no Blog do Quarto Jeremias (http://quartojeremias.blogspot.com/) por mim tbm =D

Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".

Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e do Brasil Colonia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão.

Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana.

Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução.

Pode-se sentir saudade de muita coisa:

  • de alguém falecido.
  • de alguém que amamos e está longe ou ausente.
  • de um amigo querido.
  • de alguém ou algo que não vemos há imenso tempo.
  • de alguém que não conversamos há muito tempo.
  • de sítios (lugares).
  • de comida.
  • de situações.
  • de um amor

A expressão "matar a saudade" (ou "matar saudades") é usada para designar o desaparecimento (mesmo temporário) desse sentimento. É possível "matar a saudade", e. g., relembrando, vendo fotos ou vídeos antigos, conversando sobre o assunto, reencontrando a pessoa que estava longe etc. "Mandar saudades", por exemplo no sul de Portugal, significa o mesmo que mandar cumprimentos.

A saudade pode gerar sentimento de angustia, nostalgia e tristeza, e quando "matamos a saudade" geralmente sentimos alegria.

(Fonte: Wikipédia)

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a bolinha do piercing, doi dar com a canela na piscina, cólica dói, carie e ciso doem! Mas, nessa vida, o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que foi morar longe, saudade de um retiro que o que menos se fez foi rezar, saudade de uma tarde no posto, das besteiras e das (poucas) conversas serias.
A saudade da gente, o tempo não perdoa. Doem todas essas juntas em uma só...
Pensa comigo:
Você podia estar em casa, e a outra pessoa sei lá eu onde, você podia ir ao dentista e ela pra Quinta (aUHahuaHUauh), você podia ficar dias sem ve-la, mas sabe-se perto... Sabe que se for o caso em um intervalo de sei lá... 2h, se preciso, dava pra encontrar a pessoa...
Saudade é basicamente não saber. Não saber se a pessoa em questão está bem ou não, se está triste ou alegre, não saber se pensa ou não em quem ficou, não saber se anda se alimentando bem, não saber o que se passa, se continua gostando de Heineken, se continua sorrindo, se continua aprontando...
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma musica (principalmente Love in the Afternoon - Legião), não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber onde que a outra pessoa está, porque não importa, tu só sente aquele vazio, um buraco no teu peito q parece não fechar. Saudade é nunca mais saber dele e ainda sim parecer sempre o primeiro dia da perda.

Saudade é isso que senti quando escrevi tudo o que você está lendo e provavelmente, que seja um pouquinho, sentiu também!