O Proféta é um homem alto que mora no porão.
O Proféta é um judeu na Alemanha nazista.
O Proféta é um chato. Um chato de Deus. Bagunça a pureza dos "puros", a bondade dos "bons", a prudencia dos "prudentes". Felizmente homens equilibrados tem o bom senso de elimina-lo a tempo.
O Proféta não sabe falar ingles, nem gosta de Mc Donald's.
João Batista era proféta. João Batista foi degolado durante uma festinha intima do Rei Herodes. Enquanto os grandes estão alegres tem um Proféta morrendo de frio no Alaska.
O Proféta anda a pé e descalço.
O Proféta é meio lerdo, faz copia errada, não vai bem no ditado, bota rabo nos bonecos da Historia, fica de castigo e se nega a puxar o saco da professora.
O Proféta é proibido!
O Proféta não discursa na semana da patria, mas vai sem medo diante do rei e não pede verba ou coisa nenhuma, e o rei então fica sem jeito, não sabe o que fazer com ele, até que chega a mulher do rei e diz: "Esse homem deve ser contra meu baton!", e o rei, que não sabia o que fazer com o Proféta, vai lá e pum: mata o Proféta!
O Proféta como sai caro, morre só e é só no enterro que todos reconhecem suas boas intensões. Mas ele vai e não cabe no caixão: é jogado na terra bruta, vira raiz, arvore... e os frutos distribuem enfim a doçura que, em vida, ninguém reconheceu...
O Proféta era puro, e sinal de Deus, mas a humanidade não soube reconhecer a santidade contida nele...
E que, pelo bem de todos, um dia hajam mais profétas do que seres mediocres, seres que se auto-denominam: NÓS!
