sexta-feira, junho 20

Em riscos

As vezes queria me desfazer
Sabe, transformar-me num risco
Desaparecer...
Poder para longe viajar
Ser água e a todos saciar
Ser livre, para com a vida jogar

Ser eternamente criança
Trazer nos olhos a serenidade
E na alma o bem e a verdade
Só queria desaparecer
Ir para longe
Outras pessoas conhecer

O que eu quero, vou afirmar
Em mãos criativas eu vou brincar
CHEGA DE TUDO ISSO!
Em um desenho quero me transformar...

quarta-feira, junho 4

oO... eu acho

CHORAR...

Chorar é, dos Atos, o mais sublime que conheço!
Chorar por amor, pois só se chora por amor, amor por alguém, pela vida ou qualquer coisa parecida. Choramos porque dói lá dentro, no âmago.
Sentir na face o arder do sal, as lagrimas brotarem da alma, as perolas que vem para lavar as feridas, aspirar as amarguras, explusar os limites interiores, varrer os sentimentos de insatisfação e impotecia, quebrar as crenças entraizadas há anos em lugares desconhecidos ou, por nós, pouco lembrados.
Derramar os rios da insegurança e da incerteza
Chorar...
Libertar o coração de uma dor pungente que nos esmaga as entranhas, que nos rasga por dentro com tal furia... Que nos deixa prostrados perante os nossos próprios "saberes e convicções".
Porque magoa chorar e soluçar, dói romper um silencio profundamente revelador, aquele que nos mostra a parte mais frágil em nosso coração.
Chorar é amor, é desespero... Ou melhor, chorar é a forma de demonstrar um amor desesperado!